Encontrei uma história de uma semana atrás que não recebeu a atenção que merece. A Tether relatou que ajudou as autoridades dos EUA a combater o financiamento do terrorismo congelando e reemitindo US$ 1,6 milhão em USDT.
À primeira vista, nada de incomum - a Tether congela USDT o tempo todo. Já escrevi sobre isso antes, até apontando qual blockchain não permite que a Tether congele tokens de forma alguma.
Mas aqui está a parte interessante: isso não foi apenas um congelamento - foi também uma reemissão. Isso é algo que eu não tinha visto antes. A Tether congelou o USDT mantido em certas carteiras e criou novos tokens em outro lugar, enviando-os para carteiras que não tinham conexão anterior com os fundos originais.
Sim, você leu certo. E não, esses não eram fundos roubados sendo restaurados para uma vítima. Os tokens foram reemitidos simplesmente por causa de como os originais poderiam ter sido usados. O Departamento de Justiça dos EUA acusa o beneficiário das carteiras congeladas de financiar organizações terroristas.
O que não sabemos - e o que a Tether não divulga - é quem recebeu os tokens recém-emitidos ou como eles serão usados.
Não se engane: esse tipo de controle não tem nada a ver com os princípios do verdadeiro cripto. Pelo contrário, em criptomoedas verdadeiramente descentralizadas como o Bitcoin, coisas assim simplesmente não podem acontecer.
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